Em Governador Edison Lobão Polícia Civil e Perícia Oficial fazem reconstituição da morte de jovem morto por PM após empinar moto no MA

A policial militar Sabrinna Silva, que é apontada como autora do disparo, participou da reconstituição junto com outras seis testemunhas, que estavam no local no dia da morte do jovem.

A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) e a Perícia Oficial realizaram, nessa quinta-feira (21), a reconstituição da morte do jovem Marcos Vinicius, de 20 anos de idade, que morreu baleado na porta de casa, durante uma perseguição policial, no dia 25 de fevereiro deste ano, em Governador Edison Lobão, cerca de 656 km de São Luís.

Jovem flagrado dando ‘grau’ em moto é perseguido pela PM e morto na porta de casa no interior do MA — Foto: Divulgação

Marcos teria sido morto após fugir de uma abordagem policial, depois de ser flagrado empinando uma moto nas ruas da cidade, uma prática conhecida como dar ‘grau’.

A policial militar Sabrinna Silva, que é apontada como autora do disparo, participou da reconstituição junto com outras seis testemunhas, que estavam no local no dia da morte do jovem.

Polícia Civil e Perícia Oficial fazem reconstituição da morte de jovem morto por PM após empinar moto no MA — Foto: Reprodução/TV Mirante

A reconstituição do caso é um dos últimos passos para que o inquérito sobre o assassinato de Marcos Vinicius seja concluído.

A versão da PM foi a primeira a ser encenada. Sabrina teve que simular os três tiros que, segundo ela, disparou contra Marcos.

Durante o trabalho de reconstituição, familiares e amigos de Marcos Vinicius seguraram cartazes com pedido de justiça. Eles acompanharam, desde o início, cada passo dos trabalhos que a PC-MA e a Perícia Oficial iam realizando no local da execução.

Polícia Civil e Perícia Oficial fazem reconstituição da morte de jovem morto por PM após empinar moto no MA — Foto: Reprodução/TV Mirante

Francidalva da Silva, mãe de Marcos, estava entre as pessoas que acompanharam o andamento do trabalho. Ela destacou que sente muita falta do filho e espera que a justiça seja feita.

Francidalva da Silva, mãe de Marcos. — Foto: Reprodução/TV Mirante

“Ele era meu filho mais velho. Eu fui mãe e pai dele. Quem perdeu fui eu, que perdeu um filho. Que a justiça seja feita. Eu tenho fé em Deus que a justiça vai ser feita, sim”, disse Francidalva.

Outro parente da vítima presente no processo de reconstituição Lucas Mesquita, primo de Marcos. Para ele, a PM Sabrinna precisa pagar pelo que fez.

“A gente espera desde o início que seja feita a justiça, que o trabalho seja bem feito, porque, como a gente vê, consta materialidade. A mesma (Sabrina Silva) já confessou a autoria. Então, a gente só espera que a Polícia Civil faça um trabalho bem feito, escolha as provas e que ela pague pelo que fez. O Marcos não vai voltar, mas cada um tem que pagar por suas ações”, afirmou Lucas.

Isalaany Leão da Rocha, que estava com Marcos horas antes de ele ser morto, conta que a perseguição aconteceu enquanto voltavam para casa e que Sabrinna teria corrido atrás de Marcos quando ele começou a empinar a moto.

“A gente estava voltando e foi a hora que começou a perseguição. Ele empinou e ela correu atrás dele”, disse Isalaany.

Laudos apontam três disparos 

Cabo Sabrinna Silva também é influenciadora digital — Foto: Arquivo pessoal

Ao todo, quatro laudos do ICRIM foram enviados à Delegacia Regional de Imperatriz, que conduz as investigações e terá 30 dias para concluir o inquérito.

O conteúdo completo dos laudos ainda não foram divulgados, mas já indicam que a presença de três projéteis de arma de fogo, sendo uma retirada do corpo de Marcos e outras duas encontradas no chão. Os projéteis serão analisados para comparar com o tipo de arma usado por Sabrinna no caso.

Desde o dia da morte de Marcos Vinicius, a policial Sabrinna está afastada das funções. Além do processo criminal, a PM também é alvo de um processo administrativo por parte da Polícia Militar do Maranhão, que apura a sua conduta na morte do jovem.

A defesa da policial militar afirmou, após ela ser presa, que “respeita a decisão judicial de prisão temporária sem, no entanto, concordar. Isso em razão da inexistência de fundamentos para tanto em virtude da Militar ter se apresentado espontaneamente e prestados todos os seus esclarecimentos”.

A defesa diz, ainda, que “confia na justiça e o tempo revelará todos os atos de probidade perpetrados pela servidora”.

Com informações do G1-MA

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