“É um momento importante e único para a história do Maranhão e da educação, sobretudo respeitando os direitos humanos, respeitando a origem e a história dos povos originários. É um marco na história do Maranhão e do mundo, pois teremos a primeira universidade indígena. Eu fiquei muito emocionada”, frisou a diretora-geral do Iema, Cricielle Muniz.
O presidente do Instituto Tukán, Sílvio Guajajara, ressaltou a importância da ampliação do Centro de Saberes para a transformação em uma universidade. “Para o nosso povo é de suma importância essa inauguração, pois é um passo firme para a retomada da nossa educação indígena. Isso vai fortalecer tanto os nossos jovens quanto os nossos professores. É o fortalecimento da nossa cultura, língua e identidade”, disse.
Também presente na cerimônia, a diretora executiva do Instituto Tukán, Fabiana Guajajara, definiu o momento como um divisor de águas.
“É um divisor de águas para o nosso povo e para outros povos. É um momento único, pioneiro e com o protagonismo indígena, então é mais do que especial. O nosso sentimento é de gratidão, e sabemos que novos desafios estão por vir”, declarou.
O lançamento da etapa inicial da obra conta com o patrocínio da Equatorial e da Fribal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Maranhão. O projeto inicial envolvia o registro fotográfico dos povos originários e foi crescendo com outras propostas, o que uniu as empresas, a gestão estadual e o apoio da gestão federal, resultando na proposta da universidade.
“Uma coisa que eu já tinha dito anteriormente é que a união de setores do governo e de todos os entes, como a iniciativa privada, traz uma energia muito grande que viabiliza esse tipo de iniciativa. Tenho certeza de que em pouco tempo vamos colher frutos desse trabalho e mostrar para o mundo a força que tem a união desses entes para a comunidade organizada”, observou o diretor-geral da Fribal, Carlos Schmidt.
O diretor presidente da Equatorial Maranhão, Sérvio Túlio, definiu como motivo de orgulho a participação no projeto. “É com muita emoção que a Equatorial se associa a um projeto dessa envergadura. Estamos plantando uma semente, mas é uma semente que já germina e vai trazer árvores frutíferas para promover a cultura indígena com a Universidade do Saber. A Equatorial está junto nesse projeto e eu tenho certeza de que vai ser um exemplo para o mundo”, destacou.
Exposição
Além da pedra fundamental para a ampliação do Centro de Saberes Tenetehar Tukàn, também foi lançada a exposição Ritos Tenetehar, dos fotógrafos Taciano Brito e Meireles Jr. A mostra revela a beleza e a profundidade dos rituais Tentehar.